Título: Pianista
Autor: Elfriede Jelinek
Sinopse: A pianista e um romance construido a partir da forca do choque. O esplendor estetico da melhor musica se bate com a progressiva tortura que as personagens instalam em si mesmas e umas contra as outras. A dor que esse tipo de relacao destrutiva gera logo se une ao prazer estetico para mostrar o lado obscuro da arte: obsessao, irracionalidade, cobranca e medo do fracasso.
A propria linguagem e carregada de choque. Luminosa e cheia de vico, o que ela cria porem e um mundo repressivo e violento. O leitor percebe o paradoxo que acompanha a arte moderna: apesar da tecnica apurada da autora, o resultado final e cheio de angustia e duvida para tudo que diz respeito a condicao humana.
A professora de piano, assim, carrega no seu intimo uma especie de dor universal: a arte que ela ensina e capaz de atingir qualquer pessoa. Os Concertos de Brandenburgo, uma das preferencias dela, por exemplo, ultrapassam as amarras culturais para atravessar povos e epocas. Como eles aparecem ao lado de um sofrimento tambem intrinseco, a duvida que atravessa cada uma das paginas assusta: estariamos condenados, mesmo no que temos de mais grandioso, a dor?
O romance nao ira responder a pergunta, mas mostrar seus varios lados. Se, de fato, uma das funcoes mais sofisticadas da arte for a de mergulhar nos cantos mais profundos do ser humano, todo o aplauso que a obra-prima de Elfriede Jelinek recebeu e continua recebendo e mais do que justificado. Como acredito que a arte deva iluminar a consciencia, tambem bato palmas para A pianista.
Editora: Tordesilhas
Páginas: 336
Ano: 2011-01-01
Edição: Literatura Estrangeira
Linguagem: pt-br
ISBN: 8564406055
ISBN13: 9788564406056
Informações do Autor
Nome: Elfriede Jelinek
Descrição: Autora austríaca
Biografia: Elfriede Jelinek é uma novelista e autora de peças de teatro austríaca. Foi agraciada com o Nobel de Literatura de 2004, "por seu fluxo musical de vozes e contra-vozes em novelas e peças que, com extraordinário zelo linguístico, revela o absurdo dos clichés da sociedade e seu poder de subjugo".