Título: Orestéia II: Coéforas
Autor: Esquilo, Jaa Torrano
Sinopse: Que têm em comum a vida e a morte os vivos e os mortos que os une de modo inextricável? A unidade que os une é similar à inesperada e espantosa unidade que se observa entre ser e não-ser unidade que no Sofista de Platão se impões como condição necessária à captura conceitual do sofista. Similar não é idêntico. Idêntico é o mesmo em qualquer sentido; similar é ao mesmo tempo idêntico e diferente o mesmo e o outro. Mas o que há de idêntico nessa similaridade entre o que se vê nesta tragédia de Ésquilo e o que se lê nesse diálogo filosófico de Platão? Admitida a hipótese da correlação entre a noção mítica de Theoí ('Deuses') e a noção filosófica de ideai/eíde ('idéias'/'formas inteligíveis') aos Deuses Olímpios pertencem os diversos domínios do ser por partilha de Zeus e o por participação em Zeus; aos Deuses ctônios filhos sombrios da Noite imortal pertencem os diversos domínios da negação de ser e da privação de presença. Que unidade os une? Eis o que se põe em aporética questão e assim se mostra em cena terrível e sublime nesta tragédia. Interpelado por Apolo em diversas circunstâncias e em Delfos pela voz do oráculo a Orestes é o dever filial mesmo que impõe de modo irrecusável a execução da pena de morte contra a sua própria mãe. Os caminhos a serem percorridos por Orestes nessa aporia existencial mostram o nexo necessário múltiplo e ininterrupto entre os diversos domínios de Phoîbos Apóllon o Deus profeta de Zeus em Delfos e os não menos diversos domínios das sombrias e subterrâneas Erínies Deusas filhas da Noite imortal.
Editora: Iluminuras
Páginas:
Ano: 2004
Edição: 1
Linguagem: pt-br
ISBN: 8573212055
ISBN13: 9788573212051
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