Sinopse: Um assassino em série, com gosto um tanto teatral, aterroriza a população da cidade francesa de Bordeaux. Para ajudar a descobrir o mistério por trás dos crimes, o delegado Antoine Barbaroux convoca o enólogo Benjamin Cooker e seu assistente Virgile Lanssien em O ritual de Bordeaux, o terceiro livro da bem-sucedida série Sangue na Vinha, criada por Jean-Pierre Alaux e Noël Balen. Como nas outras aventuras de Cooker, Lanssien e Barbaroux, o vinho é um elemento essencial para a narrativa. Desta vez, ele está presente nas cenas dos crimes, dentro de taças de vinho dispostas ao lado de corpos assassinados ou de túmulos de pessoas que morreram naturalmente. É através da bebida que o criminoso explica suas atitudes, enquanto Cooker e Virgile se debruçam em pesquisas e entrevistas sobre a produção vinícola da região e a sociedade de 60 anos atrás, reavivando feridas não cicatrizadas da época da invasão nazista na França e o governo colaboracionista. Com esses detalhes saborosos do cotidiano de homens comuns, os autores tecem tramas policiais calcadas na vida real, discorrendo ainda sobre seus gostos pessoais – e de boa parte dos franceses, como a paixão pelo jazz. O realismo não exige, no entanto, que detalhes técnicos e tediosos das investigações sejam compartilhados com o leitor, a quem se destinam informações mais prazerosas sobre os costumes da região. As diligências e as providências em relação aos criminosos ficam a cargo de Barbaroux, enquanto os detetives amadores mostram como é possível aproveitar a vida sem cair em rotinas estressantes. A vida em torno do vinho está em todas as novelas, que descrevem o quanto a produção é importante economicamente para aquelas populações, ou apenas discorrem sobre a qualidade das safras e as diferenças entre os vários tipos de uva e da bebida. Como nos outros volumes da série, termos técnicos relacionados a vinho são mencionados em um glossário, que também traz informações detalhadas sobre as características das bebidas trat[...]
