Catapultado ao sucesso com a série Jovem Bond - aventuras protagonizadas pela versão adolescente do mais famoso espião da ficção -, Charlie Higson é grande fã do terror. Estudante de literatura gótica e de cinema de horror, em seu mais recente trabalho, este britânico volta o talento para seu gênero predileto. Em comum com os livros de 007, apenas a ação, o mistério e o sucesso de público e de crítica. No tenso O inimigo, Higson mescla terror e ficção científica para criar uma trama de arrepiar. Numa Londres indefinida, uma estranha doença toma conta dos adultos. Todos com mais de 16 anos são infectados. Os que sobrevivem à enfermidade vagam pelas ruas, longe da luz. Com a pele escura e putrefeita, não muito espertos - tampouco rápidos -, são zumbis em busca constante de comida: crianças. Pelos cantos da cidade, as crianças se organizam em grupos para escapar dos mortos-vivos e tentar sobreviver. A turma que ocupava o supermercado Waitrose sabia que mais cedo ou mais tarde teria que deixar aquele acampamento. Todo dia um grupo de caça saía em busca de suprimentos, mas os edifícios próximos já haviam sido revistados há muito tempo, e era necessário se afastar cada vez mais para encontrar provisões. Mas para onde ir? A chegada de um mensageiro abala a organização das crianças, com a promessa de um lar mais seguro nas dependências do Palácio de Buckingham, onde a realeza da Inglaterra costumava viver - com comida, medicamentos e armas. Os meninos do Waitrose decidem, então, enfrentar o perigo e atravessar a cidade, correndo mais riscos do que nunca. Os inimigos estão à espera... Será que chegarão lá vivas?
