Sinopse: A palavra tÃcnica faz-nos imediatamente evocar a palavra progresso, que não tendemos, de modo algum, a reduzir à simples constatação de uma evolução e de uma diversificação de tÃcnicas; estaremos mais dispostos a entender por "progresso" um processo contÃnuo e indefinido de acumulação do poder. Assim entendida, a ideia de progresso das tÃcnicas será dificilmente dissociável de uma outra, mais geral, do Progresso, ou seja, da pressuposição de uma melhoria geral da condição humana, orientada para uma perfeição final. Ora, esta concepção do progresso tÃcnico à ao mesmo tempo datada e nociva. Com efeito, tem origem num antigo imaginário religioso e impede--nos de medir a realidade e os limites do nosso poder sobre a natureza e as dificuldades que o progresso tÃcnico não pára de apresentar à organização das nossas sociedades. DOMINIQUE BOURG, doutor em Filosofia pela Universidade de Estrasburgo e em Filosofia e Ciências Sociais pela EHESS de Paris. É membro do comità de redacção da revista Esprit e membro da Comissão Francesa do Desenvolvimento Durável (MinistÃrio do Ambiente). É autor de várias obras, entre as quais Os Sentimentos da Natureza e O Homem ArtifÃcio, já publicadas pelo Instituto Piaget.
