Sinopse: Um princípio básico de correta interpretação de toda obra literária é que deve ser lida, quanto possível, na mesma perspectiva em que foi escrita. O princípio se deve aplicar igualmente à Bíblia, como a exegese atual o descobriu de certa forma, desde que começou há pouco mais de dois séculos a colocar a interpretação dos textos bíblicos no seu contexto histórico. A liturgia cristã, desde as origens, foi construída a partir dos textos da Escritura, em continuidade, aliás, com a liturgia judaica, que os lia em suas diversas celebrações. Mas no decurso da história, por diversos fatores que se podem analisar, a relação bíblia-liturgia sofreu um bom número de modificações importantes, de que se tornou hoje necessário tomar consciência, para leva r a bom termo o trabalho de reforma bíblico-litúrgica em que se empenhou o Concílio Vaticano II. O livro de Pedro Farnés, ora publicado em português, é uma obra que se pode considerar original e indispensável. Baseia-se na restauração da unidade original da liturgia como lugar espiritual, por excelência, em que a Bíblia foi escrita. Identifica as diversas tendências históricas que atentaram contra esse princípio e expõe longamente, com rica abundância de pormenores, o esforço feito pelas atuais reformas, para restaurar, no quadro do ano litúrgico, a leitura bíblica animada pela perspectiva em que os diversos livros do Novo Testamento foram escritos, com base na leitura igualmente circunstanciada dos livros do Antigo Testamento.
Biografia: Pedro Luís Farnésio foi o primeiro duque de Castro de 1537 a 1545 e, também, primeiro duque de Parma e Placência de 1545 a 1547.
Nascido em Roma, Pedro Luís era filho ilegítimo do cardeal Alexandre Farnésio que viria a ser papa sob o nome de Paulo III. Tornou-se militar, tendo participado no saque de Roma ocorrido em 1527.
