Título: Juízo e Prisão: Ativismo Judicial no Brasil e nos EUA
Autor: Rodrigo Moraes de Oliveira
Sinopse: Diárias violações dos direitos fundamentais das pessoas privadas de liberdade no brasil, emuladas por um grotesco cenário da superlotação dos presídios, a despeito de um sólido quadro normativo instituidor de proteções, associadas à paralisia de governos sucessivos e do parlamento, levam à pergunta sobre se seriam justiciáveis. Estando claro que há uma especial relação de sujeição do preso em face do estado, que figura como seu garantidor, e de que a constituição federal haverá de governar a mão do juiz, a afirmação da justiciabilidade surge naturalmente. Entretanto, toca a ele a verificação não só da existência de condição formal para a prisão (i.e., de um título de encarceramento válido), mas, em superação do olhar tradicional, também da existência de condições materiais para a prisão (i.e., da exequibilidade humanitária do encarceramento, in loco, na unidade prisional – em conformidade com os direitos fundamentais). Nos eua, a suprema corte emitiu julgamento paradigmático na área, em brown vs. Plata (2011), ordenando a soltura de prisioneiros no estado da califórnia devido a superlotação e violações inerentes. No brasil, a adpf na via coletiva e o hc na via individual são ações possíveis para busca de tutela. Dentre os pronunciamentos resultantes, que não podem invadir a esfera de atuação dos ramos eleitos do governo, sob pena de indevido ativismo judicial, tampouco podem representar uma intervenção meramente simbólica, retórica, a suspensão provisória do encarceramento surge como alternativa-limite, também em vista do princípio da capacidade prisional taxativa. A superlotação das prisões, sendo um dos grandes motores da violência criminal no país, é um tema de enfoque nada menos que essencial em nossos dias, a reclamar por novos olhares e enfrentamento urgentes.
Editora: Citadel Press
Páginas: 514
Ano: 2022-10-04
Edição:
Linguagem: pt
ISBN: 8568014704
ISBN13: 9788568014707
Informações do autor não encontradas.