Sinopse: No livro, o artista itabirano Jayme Reis comenta suas diferentes pesquisas desde os primeiros trabalhos com a cerâmica, passando pelo entalhe em madeira, fase que ficou conhecida como "barroco elouquecido", até chegar aos oratórios onde o artista reú ne num mesmo objeto o sagrado e o profano. Na década de 90, após um período de "auto-exílio" no Estado de Santa Catarina, surge a nova série Barcos. Nessa série, o artista promove uma nova equação plástica: o barco deixa o mar/horizontal para navegar no universo da arte parede/vertical. Nesse movimento Jayme Reis abre a forma barco para inúmeros outros sentidos poéticos: barco/travessia, barco/comunicação, barco/chegada, barco/partida, barco/sexo... Jayme traz seus barcos para Minas e em Belo Ho rizonte começa a trabalhar com a apropriação de chapas de ferro e ferramentas de trabalho, como por exemplo o martelo. Essa fase foi denominada "Território e Trabalho". Sem se ater a uma única pesquisa o artista desdobra suas obras em violinhas recon struídas, caixas-aviões, ícaros, igrejas e barcos encarcerados. Resultado de uma investigação coerente de um ator inquieto, mas a cada dia com maior condição de ocupar e dizer ao mundo o seu idioma, a sua arte de fazer e transcriar a linguagem do cot idiano. Estes e outros trabalhos são apresentados pelo artista no decorrer do livro, que conta ainda com um instigante depoimento e uma cronologia comentada.
