Sinopse: Uma visão moderna do oráculo tradicional O I Ching é o um dos oráculos mais antigos do mundo. Seu conteúdo remonta a uma China ancestral, amplamente influenciada pelo poder e sabedoria da Grande Deusa, a representação maior do elemento feminino. Porém, nas subseqüentes dinastias chinesas, o patriarcado e a sociedade de castas afastaram as mulheres de seu papel de mãe única e geradora do mundo, condenaram e reprimiram sua sabedoria e espiritualidade - como ocorreu na maioria das sociedades, sob o julgamento do judaísmo, do islamismo ou das fogueiras cristãs. A leitura do I Ching chegou ao mundo moderno calcada em restrições e preconceitos que distorceram símbolos e ensinamentos do antigo oráculo, renegando a importância do simbolismo feminino e apresentando-o, na maior parte do tempo, como simples coadjuvante do elemento masculino. Diane Stein oferece uma releitura do I Ching há muito esperada, reconsiderando o conteúdo feminino do oráculo sem, entretanto, adotar uma atitude extrema e separatista em relação aos homens. Para a autora, yin (feminino) e yang (masculino) caminham lado a lado, se completam, e o equilíbrio desses dois elementos é essencial. O livro apresenta os 64 hexagramas do I Ching descritos de uma maneira rica e bem cuidada, com base no clássico I Ching: o livro das mutações, prefaciado por Carol Gustav Jung. I Ching para mulheres também percorre o simbolismo da Deusa para estabelecer a correspondência do oráculo com o tarô, o zodíaco e o antigo calendário chinês. Distante de se apresentar como um mero guia para consultas e interpretações, I Ching para mulheres preserva o hermetismo dos hexagramas originais, incentivando o leitor a desenvolver sua percepção e intuição. É na busca de uma identidade entre seu questionamento e a interpretação vislumbrada no oráculo que se encontram os lampejos de conhecimento e espiritualidade oferecidos pelo I Ching.
