Sinopse: A novidade da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis, focaliza a Eucaristia como sacramento do amor, mais do que insistir na sua especificidade de sacramento, ou no dogma da Presença Real que caracterizou a quase totalidade da literatura teológica dos últimos setecentos anos. Bento XVI traduz no amor todos os aspectos da Eucaristia como centro do mistério da fé cristã, centro da liturgia da Igreja e expressão de uma vida em busca de Deus, nitidamente espiritual, além de todas as exigências jurídicas e morais, em que se costumam deter os discursos sobre os deveres e direitos dos cristãos. Não se trata de voltar ao passado, quando se recomenda o canto gregoriano e o latim, pelo menos nas celebrações internacionais, mas de guardar alguns elementos de continuidade para, justamente, firmar o princípio da fidelidade à tradição, que está na base de toda autêntica liturgia.
