Sinopse: Este livro discorre sobre a maneira como segmentos artísticos e intelectuais, no período conturbado pós-decreto do Ato Institucional 5, imposto pela ditadura militar no Brasil (1964-1985), que dava poderes extraordinários ao Presidente, e suspendia várias garantias constitucionais, intensificando assim a violência política e a repressão militar, entre 1968 e 1972, passaram a abraçar o ideário de uma cultura avessa ao pensamento corrente da maioria da população. Aqui a obra analisa a cultura marginal neste período, contemplando principalmente as figuras do artista Hélio Oiticica e do escritor Torquato Neto. Assim, em vez de ratificar a visão corrente do fenômeno da cultura marginal, que tende geralmente a defini-la como uma expressão brasileira da contracultura ou como epifenômeno do tropicalismo, o autor reconstroi a história dessa movimentação pelas margens, conferindo-lhe a autonomia que lhe foi subtraída pelas interpretações convencionais.
