Sinopse: Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e seu impactante livro "A rosa do povo", de 1945, aqui, cedem espaço e razão a um múltiplo exercício literário: como romancista, ele cria uma estrutura conjuntural em que uma morte dá motivo para especulações do início ao fim da trama; como contista, pulveriza a trama em pequenas análises de casos, que os poemas alimentam, passo a passo, nos capítulos; como poeta, camuflado de detetive, faz dos recursos morfossonoros um grande aliado na condução escritural do texto; como teórico, traz uma gama de cúmplices, que vão alinhavar e dar liga à investigação de timbre policial; e finalmente como professor, no meio de tantas dicções, vai buscar o equilíbrio em que clareza e complexidade, objetividade e metáforas oscilam, ao sabor das peripécias. São estas as óticas analisadas pelo autor num dos mais célebres livros do modernista Drummond.
