Sinopse: Responsável pela consolidação do território brasileiro, o Barão do Rio Branco (1845-1912) conquistou em vida a aura de herói do país. Sua morte, em 1912, levou o governo a declarar luto oficial e a adiar o Carnaval de fevereiro para abril. Esse episódio, que mistura política externa e festa popular, é o ponto de partida do autor, que discorre sobre as complexas relações entre Estado, território e poder político no Brasil. Tomando como ponto de partida a tentativa de adiar o carnaval de 1912 por luto pela morte do Barão o autor problematiza a mistificação da política externa brasileira como uma continuidade inescapável das ideias e políticas do diplomata, mas, principalmente, busca reconstruir o caminho trilhado na consolidação do sentimento de identidade brasileira e de nacionalidade e explorar o papel da ação do Estado nessa invenção. Mais especificamente, busca ligar a política externa e a construção da identidade/nacionalidade brasileira.
Biografia: Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos é um historiador e diplomata brasileiro. É bacharel em Geografia pela Universidade de Brasília e em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco.
