Título: As Fúrias Da Mente
Autor: J. Teixeira Coelho Netto
Sinopse: A Mente Não Consegue Sentir O Prazer Do Corpo, A Mente Não Consegue Sentir Prazer Com O Corpo. Ela Sabe Que O Corpo Está Sentindo Prazer, Identifica A Natureza E A Intensidade Desse Prazer, Reconhece O Alcance Desse Prazer, Compreende Que Esse Prazer é Vital Para Ela Mesma, Mas Não Consegue Sentir Esse Prazer — E Não Pode Esperar Mais... O Homem-glÂndula Ele é Anônimo E Impessoal. Mas Nem Por Isso Menos Direto E Cruel Consigo Mesmo. Ele Se Escreve Em Tom Enfático, Ele , Acusatório, Em Negrito E Itálico. Ele Precisa Se Enfrentar De Uma Vez, Pois Trata-se De Uma Questão De Vida Ou Morte. Toma A Decisão E Vai Ao Médico Para Ouvir O Diagnóstico Que Suspeitava E Temia: Depressão. É Assim Que Se Apresenta O Protagonista Deste Livro Desconcertante E Arrebatador De Teixeira Coelho, Inclassificável Entre Os Gêneros E Fascinante Em Sua Composição única, Que Pode Ser Lido De Várias Maneiras: Como Tese Psicanalítica, Crítica De Arte, Romance Confessional, Depoimento Real Ou Mesmo Manual De Autoajuda. De Qualquer Um Dos Modos, O Leitor Aprende, Não Talvez A Se Conhecer, Mas A Se Perguntar. Porque 'ele Também Só Se Faz Perguntas. Tudo E Nada Conhece De Si. De Certo, Sabe Apenas Que Se Sente Mal E Quer Melhorar. Estaria Ele Em Depressão, Um Estado Passageiro A Se Tratar E Curar? Ou Seria A Depressão Simplesmente Sua Condição Natural? Ou Ainda: Seriam A Dor, O Desespero, A Solidão, Que Caracterizam Seu Estado Atual, A Premissa De Todo Artista? Curando-se, Perderia Então A Capacidade De Criar Que Cultivou Ao Longo Da Existência? Encurralado Em Dilemas Que O Levam à Beira Do Suicídio, O Anônimo E Incerto Protagonista Desenvolve Uma Reflexão Labiríntica, Mas Implacavelmente Lógica Sobre Sua Provável Doença, Usando A Loucura Como Antídoto Da Loucura. Passa Em Revista A História Da Filosofia E Das Artes. Compara O Tipo Depressivo Atual Com O Interessante De Schlegel, O Romântico” De Novalis, O Melancólico”, De Walter Benjamin, E A Depressão, Com As Drogas Alucinógenas De Thomas De Quincey E A Náusea De Sartre. Revisita A Ideia Da Música Como Fator De Dissolução Das Energias Humanas, Desde Platão Até Nietzsche, E Portanto Mais Uma Causa Da Depressão. Desconfia Que Na Arte Seria Reside Um Trágico Engano. Imagens De Van Gogh, Hopper, Monet Tornam-se Recorrentes Como Que Para Confirmar Sua Anomalia Mental. A Ideia De Groddeck De Que O Homem Enfermo Cria Sua Própria Doença é Reanalisada E Reinterpretada Através De Freud E Susan Sontag. Ele Chega Mesmo A Vislumbrar Um Certo Prazer Narcísico Em Sua Depressão, Mas Então Reage. E Começa A Escavar Uma Saída Nesse Poço Escuro De Questões No Qual Se Encontra Enterrado. Ele Não Pode Ser Culpado Por Sua Doença Pois Anseia, A Todo Custo, Livrar-se Dela. Não Quer Adotar Como Qualidades A Irritação Permanente, A Sensação De Inutilidade De Todo Esforço, A Impossibilidade Do Contato Físico, A Incapacidade De Amar. Retoma Expressões Do Cotidiano Prosaico — O Frio Da Alma, A Ausência De Autoestima — Para Negá-las Com ênfase: Ele Quer Sarar, Nem Que Para Isso Deva Renunciar à Arte. Neste Ponto, Entra Em Cena O Personagem Decisivo: A Pílula. A Terapia Química Começa A Surtir Efeito No Paciente Incrédulo E Seu Relato, Então, Adota Ares De Ficção Científica. Pois Se A Depressão, Ou Como Quer Que Tenha Se Chamado No Passado, Afinal Se Revelar Um Mal Meramente Físico, A Arte E A Filosofia Terão Se Equivocado Durante Séculos. Assim, Insinua-se, De Novo Em Forma De Questão, A Previsão A Um Só Tempo Alegre E Sombria Do Livro: O Homem Do Futuro, O Homem-glândula Personagem Deste Livro, Esquecerá As Artes E Terá Uma Mente Sã, Programada Por Dosagens Corretas De Ingredientes Químicos. Lúcia Nagib Teixeira Coelho é Critico De Cultura, Autor De Dicionário Critico De Politica Cultural, Moderno Pós Moderno (ambos Pela Iluminuras) E Do Romance Niemeyer (geração Editorial), Entre Outros Títulos.
Editora: Iluminuras
Páginas: 156
Ano: 1998
Edição:
Linguagem: pt
ISBN: 8573210745
ISBN13: 9788573210743
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